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quarta-feira, 6 de junho de 2012

Viagem gastronômica.


Pode até parecer lugar comum citar alguns ditados, mas mesmo assim gosto de reproduzi-los. Dizem que por meio da leitura é possível fazer várias viagens sem sair do lugar e realmente isso é possível, ainda mais quando se trata de uma boa escrita. Certos escritores conseguem com muita facilidade descrever e narrar fatos com uma excelência que até parece que estamos presenciando ou que estávamos no acontecimento, uma boa leitura dependendo até, se consegue imaginar o cheiro sugerido, adocicado, fétido, cheiro de flores, enfim, toda essa coisa.

Lembro-me de quando estava lendo um livro de Jose Saramago.  “O ensaio sobre a cegueira”, sentia o cheiro da rua como ele descrevia o lugar onde estavam alojados e imaginava aquele cenário de terror, genial a descrição que esse homem fez, e olha que custei a iniciar a leitura, achava muito pesada, tive que iniciar pelo menos três vezes até pegar no breu, quando comecei a ler ai sim viajei na extraordinária narração desse autor.

E por falar em viagem, de uns tempos para cá tenho me encontrado com dois amigos que fiz a pouco, deve ter no máximo uns dois a três anos que os conheço, mas só agora parece que descobrimos algumas afinidades e resolvemos nos aproximar, e essa aproximação devo confessar, chegou tardiamente, tudo bem, o que vale é o agora.

Pois bem, voltando à viagem, falei da leitura que possibilita transitar por vários lugares e culturas, sentir cheiros coisa e tal, só que isso a meu ver é uma sensação individualista, você até compartilha com os outros, mas não ao mesmo tempo, você Lê e depois comenta com o amigo ou a amiga e assim vai.
 Pensando nisso me veio à cabeça esses dois novos amigos, ou melhor, amigo e amiga. De uns dia para cá antes mesmo de nos encontrarmos no serviço já temos um encontro pré-agendado, e o melhor dessa agenda é a surpresa que nos espera, como sou uma pessoa  sugestionável se tratando de comida fico ansioso para ver qual será a pedida, enfim saímos para comer, não o trivial, isso se come todos os dias, o legal da história é que nunca é um lugar logo ali, atravessamos o bairro para poder almoçar, ai vem comida Tailandesa com direito ao chefe contando suas peripécias culinárias, garçom falando do processo de fermentação da cerveja, restaurante grego no meio do Bom Retiro, só coisas do gênero, é o maior barato, coisas e sabores inusitados para um simples almoço e com um leve sabor de viagem pelo mundo afora. Só que essa viagem acontece com os amigos saboreando juntos e não só como na leitura que é uma viagem solitária... É isso.

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