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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

A vida como ela é VIII



E um casal de amigos meu voltando da visita que fizeram ao pai da mulher na cidade de São Bernardo do Campo.

Baita trânsito que mal conseguiram percorrer 2 km, fim de ano, todo mundo na rua e pra ajudar, shoppings no caminho e horário de rush.

O cara já cansado daquele trânsito todo, olha ao lado e começa a ver na placa indicativa, o percurso do ônibus que ele pegava quando namorava com a sua respectiva esposa.

Aí começa a conversa.

O Cara.

- Nossa! O trólebus agora sai de São Mateus e chega até a Berrine. Que beleza!

Ela.

-É sim, só precisa fazer a baldeação em Diadema. Demora umas três horas.

O cara.

- Que legal agora você pode voltar a trabalhar lá na Berrine de novo, saindo de Itaquera.

Ela não pestanejou e olhou firmemente para o marido inconformada.

Ela.

- E na bunda não vai nada?

O cara.

-Claro que vai, você ainda quer mais?

Terminaram a conversa e o cara se sentiu vitorioso, pois sempre nesses diálogos ela sempre saía com a última tirada. Desta vez foi diferente.

Aumentaram o volume do rádio do carro e não conversaram mais sobre o assunto.


Só sei que foi assim.

sábado, 23 de novembro de 2013

Quatro P


Político, Padre, Professor e Pesquisador Ô povo sem noção.

Dia 20 de Novembro, feriado da Consciência Negra em São Paulo e em algumas outras cidades, ao invés de ficarmos em casa e descansar, sempre tem um sem noção que acaba arrumando algum compromisso. E foi isso, reunião com essa galera às 9h00 da matina em uma Igreja da Zona Leste de São Paulo.

Até aí tudo bem, se tratando que todos os envolvidos são militantes e trabalhadores e não dispomos de muito tempo o que nos resta mesmo é trabalhar também nesses dias de feriado, enfim, coisas da vida.

Eu e meu irmão que sempre me coloca em barca furada, chegamos um pouco atrasados na reunião, cerca de uns 10 minutos, algo bem tolerável por sinal. Perdemos as apresentações afinal havia algumas personalidades que não conhecíamos.

Dentre essas figuras, compunham a conversa na respectiva ordem: um Político, um Padre, alguns Professores (meu irmão e eu) e outros dois Pesquisadores. Os quatro Ps...

Bela trupe para conversar aquela hora da manhã. Ah, tinha outros dois senhores também, só que esses não sei bem o que  faziam além da militância é claro. Pois só militantes e loucos  para se atrever a fazer reunião em feriado e cedo. Cada uma.

Bom, conversamos, escutamos a proposta, sugerimos, enfim, fomos bem civilizados até que, uma hora começamos a falar da vida alheia. Um dos pesquisadores deixou escapar que um fotógrafo deixara a batina na hora que ele colocou a hóstia na boca daquela que seria sua futura esposa. O Padre por sua vez sugeriu que deixássemos isso no arquivo morto, não sei se por corporativismo ou outra razão, só sei que assim o fez.

Essa foi uma das três que o pesquisador aprontou, cara esse totalmente sem noção, mas ótimo pesquisador. Nem todo mundo é perfeito.

A segunda foi ele começar a reclamar com o político o fato de querer ir embora. Aí o pesquisador falava:

- Porra fulano, só você em pleno feriado marca uma reunião como essa, vamos embora cara.
Detalhe, falando palavrão em alto e bom tom na Igreja e na frente do Padre.

E nós lá, entretidos no meio de um enorme arquivo vendo todo aquele material da igreja e, eu me divertindo com as presepadas do cara. Olhamos, discutimos alguns encaminhamentos e descemos para a sala do Padre para as despedidas. E é aí que vem a derradeira.

O pesquisador é claro, além de inconveniente e sem noção, também é fumante incorrigível, e essa foi a melhor.

O cara que já devia estar num desespero danado, pediu um cigarro para um dos nossos colegas da reunião. O senhor não pestanejou e gentilmente lhe cedeu e também pegou um para o seu deleite. Os dois não tiveram dúvidas, estavam acendendo cigarro dentro do Templo Religioso. Quase pegaram a vela do altar das orações para acender o bendito cigarrinho. Foi o maior barato.

Vi a cena e comecei a dar risada, pois, eu e meu irmão testemunhamos numa ocasião o Padre o anfitrião da reunião parar uma plenária em local a céu aberto para chamar  a atenção de um cara que fumava. Veja bem, nessa plenária tinha umas mil pessoas e o padre implicou, imagina se ele visse isso dentro da igreja dele. Seria o caos.

Puxamos o pesquisador e o senhor para fora da Igreja e contamos o fato dando muita risada. Os dois acharam um absurdo dizendo que o padre estava de perseguição, o senhor mais tolerante aceitou e o pesquisador espírito de porco que era, ficou fumando na escada da igreja e deixando as bitucas por lá, só para pilhar o Padre quando as visse.

Enquanto esperávamos o Político e o Padre acabarem seus assuntos, confabulamos sobre essas questões que agora não são politicamente corretas: vícios, equívocos da infância, e o começo de tudo.

Vício é assim, cada um com a sua cachaça.

O pesquisador e o senhor com os seus cigarrinhos.

Eu e meu Irmão com a militância.

O Político com a política.

E o Padre com o seu antitabagismo.


E cada um com seu cada qual.

domingo, 1 de setembro de 2013

O velho e o Jornaleiro



Tai uma profissão que admiro e peno em pensar no seu fim, não que eu seja trágico ou visionário, longe disso, só me preocupo com tal assunto pelo fato de a cada dia que se passa nós nos informarmos, por meio da internet, seja num jornal,  ou uma revista semanal.

O que se lê ou como se lê na verdade é irrelevante, importante mesmo é praticar esse passa tempo, é por meio disso que nos mantemos informados, ampliamos nossos horizontes, descobrimos e nos descobrimos. É o que penso sobre leitura.

Pois bem, todo esse lenga lenga tem uma razão.

Dias desses não lembro exatamente como, ouvi ou li algo falando sobre a solidão de um idoso. Por conta disso fiquei sensibilizado, conheço vários e pretendo me tornar um. Assim eu espero.

A história era a seguinte:

O idoso como era uma pessoa bastante solitária e não estava tão presente com os seus que o deixara ao longo da vida morria de medo em não poder mais comprar o seu jornal diário, pois o jornaleiro era a única pessoa que ele ainda continuara a ter um vínculo.

Preocupado com o seu isolamento e solidão o velho não teria com quem mais conversar. Já não bastava a partida, o abandono e o descaso daqueles que por muito tempo o acompanhara. Agora a função do jornaleiro se extinguindo.

Esse fato realmente é preocupante, ao longo da nossa vida construímos várias histórias e criamos vários vínculos e no fim que deveria ser digno encontramo-nos a beira do abandono e solidão. Só o jornaleiro lhe restara!!!

Que bom que ainda temos o jornaleiro, e que bom mesmo.


Fiquei apreensivo e reflexivo com a história. Como pode uma pessoa perder ou se distanciar dos seus?

Família

Filhos

Amigos

Onde estão todos?

A velhice é isso? Solidão e medo?

Uma pessoa ficar preocupada com o fim de uma profissão por conta da solidão, na verdade deve ser uma realidade bastante comum, porém triste de ver, ter medo de aposentar-se não ter que trabalhar, acabar com a rotina, isso tudo realmente deve assustar. Agora, ter medo de não ter mais o jornaleiro para conversar é solidão em demasia.

Coitado do velho, dos velhos. Será que todos nós passaremos por isso um dia?

Será que ao envelhecermos perdemos aos nossos?

Coisas para se pensar!!!

Quando estiver com um, ou se viver com um, sempre respeite, sempre escute, sempre de carinho e acima de tudo sempre o trate como gostaria de ser tratado no futuro.


Simples assim...

Por isso eu continuo comprando meus jornais e revistas na banca.


Odeio solidão.

sábado, 3 de agosto de 2013

MAU TEMPO




Inverno com chuva é uma situação climática nada agradável para quem mora num país tropical como o nosso, pelo menos é o que eu acho. Particularmente tenho horror a esse período do ano, tenho pouca roupa e as que tenho não são apropriadas para esta estação do ano. É duro ser pobre, mas fazer o quê?

Tudo bem, mesmo não gostando da situação temos que reconhecer que até no mau tempo existe a beleza. Essa semana tive que acordar bem cedo para buscar meus irmãos no aeroporto, saí de casa por volta da 6:15 e o dia estava começando a clarear. Nesse momento estava um puta frio, xinguei os dois pra caramba, pois enquanto os nobres voltavam de viagem de férias eu pagava o pato buscando os dois do passeio. Fazer o que? Essa é a função dos irmãos mais novos:

Se ferrar!!!

Pois bem, segui meu rumo destino aeroporto e normalmente faria isso xingando aos montes, acordar cedo e chovendo ainda por cima, é certo de fazer reclamação. Se tratando de mim então a fúria é certa. Quase não reclamo mesmo!?

Voltando a questão da beleza. Tempo nublado, cabelo crespo, gente acima do peso, pessoas de poucas palavras, isso tudo tem sua graça e mistério, quando descobertos nos faz rir como os recém apaixonados.

Acordei, olhei pela janela para avaliar o dia e ver o que deveria vestir. Coloquei calça, blusa com capuz e parti, na avenida ainda sonolento fui despertando, tinha algo de diferente naquele dia, ainda escuro e as luzes da rua acesas tinham um brilho diferente, não sei como descrever, mas era uma iluminação bonita, amarelada, molhada e fria, de dentro do carro tremia como vara verde e mesmo assim estava feliz naquele momento.

Levantei o volume  do rádio do carro para escutar melhor o noticiário, falava-se do frio que fazia na cidade, 11º e sensação térmica de 5º e fiquei a pensar.

Nossa como estou mudado, em outro momento estaria reclamando por ter levantado tão cedo. E como poderia estar achando aquele dia bonito?

Essa questão de beleza realmente é relativa, achar graça, achar bonito, rir à toa, sentir-se feliz, amar aos seus, tudo isso é muito simples quando se está de bem com a vida.

Por isso não existe:

Tempo feio

Gente feia

Cabelo ruim

O que existe e gente mal resolvida e intolerante.

Estética, padrões, moda, beleza, mau tempo cada um tem seu critério e esse critério depende do seu espírito.


Simples assim...

quarta-feira, 24 de julho de 2013

O dono da bola e o escritor




PRA SUPORTAR SUA PRÓPRIA HISTÓRIA CADA UM LHE ACRESCENTA UM POUCO DE LENDA

Acho que nunca fui bom em nada, desde que me conheço como gente não consigo me lembrar de nada que eu fizesse muito bem. Um esporte infantil, um jogo de bolinha de gude, empinar pipa, rodar pião ou até mesmo no futebol de rua, esse último eu até brinquei um pouco, não porque eu fosse bom e sim pelo fato de eu ser o dono da bola. Esses nunca ficavam fora do jogo por pior que fossem. Essa é a ética esportiva dos donos das bolas. Nunca ficarem fora dos jogos.

Pois bem, cresci sem ter certas pretensões, esse negócio de disputar ou fazer algo melhor que os outros nunca me agradou muito, sempre fui, ou procuro ser daqueles que ficam na sua, nunca acreditei nos sabichões de plantão, pessoas assim são no mínimo dignas de desconfiança. Prefiro aos frágeis, aos feios, aos fora de moda, enfim, aqueles que não se prendem há valores impostos. Prefiro aos espontâneos, esses me parecem mais honestos.

Pensando e acreditando nisso, foram me ocorrendo essas ideias, falar desses dois personagens que me parecem bem próximos, o dono da bola e o escritor.

O primeiro como já dito nunca fica fora do jogo, pois se ficar o jogo não rola, por isso bem ou mal vai sempre estar presente, seja na linha ou como no meu caso no gol, era o que me restava.

Já o escritor, também tem suas vantagens por pior que o cara seja seus heróis, seus romances, suas aventuras sempre serão favoráveis a si mesmo, pois “falar de si também é inventar” e já que a história é dele porque não falar de como ele gostaria que a história realmente fosse.

E é aí que esta a vantagem e a semelhança  dos dois, o dono da bola sempre estará presente no jogo independentemente da sua condição, seja ela favorável ao time ou não. Já o escritor vai sempre contar a  história que lhe convém, seus heróis, seus amores, seus rancores todos eles serão escritos  de acordo com suas necessidades e desejos, afinal assim como a bola pertence ao seu dono a história pertence ao escritor....


“Qualquer semelhança é mera coincidência”.

domingo, 21 de julho de 2013



“Nem todos os ditados populares devem ser aplicados a nossa vida, cada realidade é uma realidade”.


Marcio Costa.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

DIA DO HOMEM?



Sei que é lugar comum falar desse tema no dia de hoje, na verdade sou totalmente ignorante acerca desse dia, só fiquei sabendo da tal comemoração por conta das redes sociais que lotaram minha página da rede de relacionamentos.

Fiquei vendo um monte de bobagens falando do assunto e confesso que fiquei um tanto quanto incomodado ao ver o quanto se valoriza esses dias banais.

E porque banal?

Banal sim. De onde surgiu essa ideia de dia do homem?

É necessário tal comemoração?

Será que não tem nada mais importante para ser celebrado?

Perguntas como essas que fiz seguramente vão ser questionadas ou satirizadas pelos machões de plantão que acreditam sim na importância da criação desse dia. Pobres coitados, fazer o que?

O fantasma da banalidade circunda nossa sociedade.

Mas deixemos esse assunto de lado. Que se exclua essa data dos calendários de onde quer ele tenha surgido e que se comemore e celebre não só um dia 8 de março e sim vários desses dias, afinal um dia só para essas guerreiras e amáveis mulheres é pouco.

Viva o dia internacional das mulheres, essa data sim deve ser celebrada...

Viva as mães.

Viva as esposas.

Viva as irmãs.

Viva as primas.

Viva as amigas.

Enfim, viva uma sociedade menos machista e menos banal.


Viva...

domingo, 14 de julho de 2013

A vida como ela é VII.


E um casal de amigos meus na praia conversando sobre a incapacidade de dirigir do cara.

O casal como não tinha nada melhor a fazer começou a pensar em como resolver esse problema.

O Cara.

-Já que estamos aqui à toa que tal você me ensinar a dirigir!

Ela.

- Como assim criatura? Te ensinar a dirigir nessas ruas cheia de gente. Acho que isso não vai dar certo.

O cara.

- Realmente, logo vão perceber que eu não sei dirigir. Tive uma ideia....

Ela.

- E que ideia é essa?

O cara.

- Quando estivermos passando perto de algum grupo eu coloco o dedo no nariz e só vão se atentar a isso e não ao fato de eu não saber dirigir.

Ela.

- Mas que ideia estúpida, claro que vão perceber e, além disso, vão dizer:

 “OLHA LÁ AQUELE GORDÃO, ALÉM DE PORCO É O MAIOR BARBEIRO”.

O cara.

- Deixa pra lá então, quando chegar a São Paulo procuro uma auto-escola.

Encerraram o assunto e aproveitaram o resto do final de semana prolongado.


Só sei que foi assim...

domingo, 30 de junho de 2013

A vida como ela é VI



E um casal de amigos meus conversando sobre os textos que o cara publicara em seu blog.

O Cara.

- Querida, você não acha que esse texto que eu escrevi está meio afeminado não?

Ela.

- Mas por que estaria afeminado?

O cara.

- Sei lá, esse negocio de eu falar de mais de trinta anos de amizade e casalzinho apaixonados como cadelinhas no cio, sei não?

Ela.

- Deixa pra lá, não esquenta com que vão achar não. Quando se tem um amigo há mais de trinta anos o cara pode até enfiar o dedo no seu fiofó.

O cara.

- Que conversa é essa, o cara só é meu amigo não meu proctologista.

Encerraram  a conversa e foram cada um para o seu lado.

Pra que ter inimigo se você tem uma esposa como essa?


Só sei que foi assim...

sábado, 29 de junho de 2013

Cartas aos amigos 2 parte 2



Como já foi dito anteriormente num outro texto que eu publicara, recebi uma carta a moda antiga de um amigo. Nessa o amigo foi bem sucinto nas palavras, falou de anos da nossa amizade, das aventuras, e de muitas gargalhadas que demos juntos. Até aí tudo normal se tratando de mais de trinta anos de amizade. O legal mesmo foi onde ele escreveu essas poucas e simpáticas palavras.

Tais palavras foram escritas no verso de uma foto e é ai que esta toda a graça.

Ao escrever meu primeiro texto que tratara desse mesmo assunto eu senti que faltava algo para ser compartilhado sobre a carta, por isso deixei o envelope da carta com a foto sobre a escrivaninha para num outro momento eu finalizar o assunto e é isso que pretendo fazer nesse momento.

Fiquei por dias fazendo minhas coisas e hora ou outra via a foto sobre a mesa, foto que por sinal bastante suspeita, os três da foto,  eu e os outros dois amigos estão parecendo três cadelinhas no cio.


O autor da mensagem está sentado ao centro do sofá, eu e o outro amigo um de cada lado do sujeito, nessa altura já devíamos ter tomado umas e outras. Por isso ele devia estar reclamando de algo, e eu e o Negão parecíamos um casalzinho apaixonado, eu com meu óculos na mão e o meu suposto affair acariciando meu pequenino pescoço.






Se fosse nos tempos de hoje, iriam nos oferecer algo como o Cura Gay ou o Feliciano iria dizer que estávamos doentes. Ainda bem que não era, talvez não permaneceríamos amigos até hoje,  por isso crescemos, amadurecemos e permanecemos amigos. Que bom!!!

Só é uma pena toda essa intransigência da sociedade que se diz moderna onde não se respeita e não se tolera o carinho e as amizades sinceras.

Diga não então...

Não a intolerância e que o carinho esteja sempre presente na vida dos amigos independente dos gêneros, das idades e dos credos.

Viva a AMIZADE...

sábado, 22 de junho de 2013

Cartas aos amigos 2


 
Feriado desses um amigo que não tinha nada melhor a fazer, acabou postando na rede social o desejo de se corresponder com os amigos à moda antiga.

Nesse manifesto ele perguntou quem estava a fim de entrar na brincadeira e receber uma carta manuscrita por ele mesmo, portanto quem quisesse era só mandar o endereço e aguardar. Foi exatamente o que fiz, mandei meu endereço, queria ver no que iria dar.

Criou-se a maior expectativa  na rede social não só eu, mas também outros amigos dele manifestaram o desejo de receber a tal correspondência. Acho que isso se deve a falta de particularidade que estamos tendo uns com os outros. Hoje por conta das redes sociais está tudo muito exposto, descontentamentos com amigos, lavação de roupa suja, incompatibilidades que antes eram discutidas pessoalmente agora se faz pelas redes. Tudo isso muito chato, o legal mesmo são as discussões acaloradas com direitos a berros e xingamentos, isso sim é briga entre amigos. Mas Isso não vem ao caso no momento.

Pois bem, recebi a tal correspondência e confesso que estava aguardando ansioso pela carta, sabia que teria uma grata surpresa e nem se quer imaginava o que poderia me chegar, conhecendo a figura que me escrevera poderia vir de tudo, Uma lembrança juvenil que passamos juntos, uma história qualquer dele sobre sua vida, ou mesmo um simples estou com saudades, enfim, qualquer coisa  e foi o que aconteceu.

Recebi o envelope logo pela manhã, ao levantar como sempre a primeira coisa que faço é o café, vi o envelope por debaixo da porta e logo abri, fui preparar meu desjejum saboreando também a desejada carta.

Ao abrir o envelope havia uma foto minha e outros dois amigos e é claro que um desses era o que me escreveu. Uma foto que deve ter pelo menos uns 20 anos, nem me lembro da ocasião da fotografia, mas mesmo assim fui fisgado por um enorme saudosismo, éramos jovens, irresponsáveis e feios. Ainda hoje somos feios, irresponsáveis e jovens não mais, mas isso não importa. O que importa na verdade é a amizade que permaneceu entre nós e isso é difícil de apagar, de vez em quando nos encontramos pessoalmente e aí sim colocamos nossas conversas e brigas em dia.

Esses encontros sim são válidos, brigas xingamentos e choros precisam ser olhando um no olho do outro e não pelas redes sociais.


Até com isso a internet está acabando.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

O Batismo do palhaço Rolão.


Embora o nome seja sugestivo, não é bem assim a história do nome do Palhaço Rolão. Já faz tempo que fui batizado como palhaço, na verdade foi no ano de 1995 quando ainda cursava minha Licenciatura de História, e como já foi dito em um outro texto não quis deixar barato tal tratamento, o de ser chamado ou tratado como tal, fiz valer de fato e não só de direito.

Nesse curso de Clown reencontrei vários colegas do bairro que já conhecia de outros cursos que eu fizera, um de produção de cinema, um outro de iniciação ao teatro, esse último com um grande artista, o “Valter Portela” e por fim esse de Clown mesmo, pois depois dessa terceira insistência reconheci não ter talento pra nada, encerrei minha curta iniciação artística. Acho que fiz bem para a cultura. Encerremos esse assunto.

A história em questão é o meu batizado, que na época eu confesso ter ficado bem lisonjeado, acreditava ter recebido esse nome pelo fato de termos  de nos trocar um na frente do outro antes dos nossos ensaios, comecei a me sentir o tal na trupe e mau sabia eu o porque do nome Rolão.

Num certo dia, nosso professor o Fernando começou a Justificar o nome de um por um e nessa hora fiquei todo todo só esperando o desfecho da justificativa. Sabe aquele momento de se receber um elogio em público? Era assim que estava me sentindo, o cara da trupe, o tal e aí vem a frustração.

O professor começou com várias histórias, umas justificativas nada a ver e muito sem graça na verdade, nisso comecei a me preocupar, pois sabia que vinha chumbo grosso encima de mim, minha expectativa se inverteu e só fiquei esperando o golpe final. E por fim chegou minha vez.

- “O  Palhaço Rolão é um cara bem divertido, descontraído e espirituoso, assim como todos os palhaços devem ser, porém vem sempre nos enrolando com suas histórias intermináveis e por isso eu o batizo de Rolão”.

O Rolão em questão era de enrolar, o cara achava que eu era muito enrolado e por isso me batizou assim, fui enganado o curso inteiro me sentindo o tal e no final me vem com essa história.

Depois dessa frustrante justificativa fiquei decepcionado comigo mesmo, e aquele Rolão que tinha nascido no início do curso passou a ser o Rolinha, o Bituca, Toquinho sei lá, todos esses adjetivos que se dá para os caras desprovidos de grandeza.

É, alegria de pobre dura pouco, e eu quem o diga.

Mas não tem problema não, vira e mexe encontro alguém dessa trupe por aí e adivinha do que eles me chamam?

Rolão é claro, fico feliz em reencontrá-los e com aquele gostinho que tive durante o curso.

É o que me resta, a lembrança daquilo que nunca tive.


Ninguém precisava ficar sabendo né!!!!!

O palhaço Rolão.



Esse negócio de rede social é uma praga, ainda mais se o sujeito não souber usar, vira e mexe nos deparamos com algumas postagens sem propósito, frases atribuídas a falsos autores e até mesmo ofensas direcionadas aos pseudo-amigos que se tem na rede de relacionamentos.

Tudo bem, nem sempre são coisas só desse nível, tem muita coisa interessante também, dicas de filmes, indicações de livros, fotos de amigos que você não vê há muito tempo, enfim, coisas que gostamos de ver.

Pois bem, numa dessas postagens que um amigo publicara tinha uma foto com alguns dizeres de como a sociedade enxerga o professor. Confesso que a princípio achei banal o post, pois mostrava como nossa mãe nos enxergava, sendo um super herói e finalizava como nos sentimos, sendo um palhaço. Lembro que tinha quatro imagens e finalizava com a foto do Bozo, um palhaço da minha infância.

Vendo isso, lembrei-me imediatamente de um episódio que  passei na sala de aula, foi exatamente como um palhaço que me senti, pois era assim que alguns alunos me tratavam e para não sair por baixo contei uma história para eles. E comecei assim:

- Saibam que não é nenhuma ofensa vocês me tratarem ou me chamarem de palhaço, muito pelo contrário, na verdade é um orgulho, sou formado e certificado como tal  e tenho muito orgulho disso.

Questionaram minha história acreditando ser uma mentira e me pediram que eu concluísse o assunto.

Não perdi a chance, tentei dramatizar para convencê-los da verdade. Aí eu comecei:

Quando eu fazia faculdade, no final do curso mais exatamente no último ano, tínhamos uma disciplina obrigatória, o famoso estágio, nessa atividade eu tinha de acompanhar um professor dando aulas para eu saber como seria minha função futura. Nessa que eu assistia às aulas do meu orientador eu comecei a ver como os professores eram tratados como palhaços, aí fiquei pensando.

Não vou passar por isso de graça não, por coincidência tinha acabado de ver em uma casa de cultura um curso de Clown “Palhaço” e não pensei duas vezes. Na volta do estágio me matriculei imediatamente.

Contei para os alunos essa história, alguns acreditaram e outros não, acharam um absurdo tal abordagem, mas o importante pra mim é cativar a sala. Se quiserem me tratar como Professor está ótimo, afinal foi para isso que estudei e se quiserem me tratar como palhaço tá tudo bem também, sou formado, graduado e batizado como tal.

Viva os professores e viva os palhaços de todo esse mundo.




sábado, 25 de maio de 2013

Boca fechada não entra mosquito




Boca fechada não entra mosquito,

Quem muito fala dá bom dia a cavalo e

Quanto mais se abaixa a cabeça mais se mostra o Rabo.


Adoro esses ditados e vivo reproduzindo a torto e a direito, só não imaginava que isso serviria tão diretamente a mim. Dias desses como não tinha nada para fazer comecei a pensar no que escrever como próxima crônica, e vieram várias ideias. Umas legais e outras nem tanto, mas mesmo assim me atrevi a rabiscar algumas linhas.

De inicio achei simpática a possibilidade de escrever sobre minha estante e os poucos livros que possuo, queria fazer uma homenagem aos escritores que já li e gostei, então comecei a rever alguns livros e os classifiquei de zero a dez para a partir daí homenageá-los, E foi exatamente o que fiz.

Comecei a escrever minha crônica e citei cada obra selecionada, título por título, uma enorme exibição que até senti vergonha, mas mesmo assim  prossegui com a proposta, pois queria ver no que daria, e vi!

Na verdade o texto ficou pretensioso e ao mesmo tempo bobo. Sabe aqueles caras que só sabem uma frase de efeito de cada livro e querem impressionar os outros? Pois é, estava mais ou menos isso, um texto raso e digno de pena, se os homenageados o vissem morreriam novamente de desgosto, aqueles que já morreram, é claro.

Pois bem, terminei o texto e deixei arquivado para fazer uma pesquisa com as minhas consultoras, a esposa e uma amiga que sempre mostro antes de postar, gosto muito da opinião delas.

Mandei o texto para a amiga e ela nada, assim como os homenageados ela deve ter ficado com vergonha alheia e nem me respondeu, também pudera. Já a esposa eu demorei um pouco mais para mostrar, mas mesmo assim mostrei, tadinha ficou meio assim e respondeu.

- Tá bobinho né, já escreveu coisas melhores!!!

Escutei a crítica quieto, pois sábia que era legítima. Fiquei envergonhado na hora e ao mesmo tempo feliz, ela não deixou que eu prosseguisse com a loucura, pois se assim eu o fizesse a vergonha seria ainda maior.

Por isso finalizo.

Boca fechada não entra mosquito,

Quem muito fala dá bom dia a cavalo e

Quanto mais se abaixa a cabeça mais se mostra o rabo.

Vou postar aquele texto não...



Que vergonha...

domingo, 7 de abril de 2013

A vida como ela é V




Um casal de amigo meu mais o pequeno filho conversando no carro a caminho da feira de Sábado enquanto ouviam o rádio. Na rádio falava-se de exposições de arte na cidade. E ai que começa a conversa.


A Mulher:

- Sabe marido, eu queria muito ter um quadro do Vik Muniz e uma obra da Tomie Ohtake em nossa sala. O que acha?

O marido muito rápido responde:

- Claro querida, mas o fiofó de quem vamos leiloar para conseguir comprar essas obras?

A mulher muito espirituosa responde:

- De quem vai ser eu não sei, só sei que não vai ser o meu, pois dinheiro para a decoração sempre é o seu.

O marido para encerrar a conversa responde:

-Deixa pra lá, as obras desses artistas nem são tão legais assim...

Aumentaram o volume do rádio e seguiram caminho a feira.

Só sei que foi assim...


    Vik Muniz, Filme Lixo Extraordinário.



         Tomie Ohtake, av 23 de maio.

sábado, 6 de abril de 2013

Tempo Perdido




Quando se fala em tempo perdido pra mim, a primeira coisa que me vem à cabeça é a música do Legião Urbana, que por sinal eu adoro. Submete-me a lembranças juvenis e me trazem ótimas recordações. Já vi inúmeros shows dessa banda quando trabalhava como marreteiro ”vendedor de água” e ingressos, esse segundo produto quando tinha uma grana a mais para o investimento. Mas não era sobre isso que eu iria falar.


Hoje assisti a um filme que muitos vão me chamar de herege,  a princípio já estava meio receoso, sabia que o filme era um tanto quanto violento e isso pra mim não é legal. A não ser que sejam daqueles exageros do Tarantino ou do Guy Ritchie, que na verdade de tão absurdo acabam ficando engraçados. O filme de hoje foi o “ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ”, bons atores Tommy Lee Jones, Javier Bardem e Josh Brolin, todos impagáveis, porém, com esse “Q” violento que não me convenceu. Há de se fazer o que? Nem sempre estamos preparados para certos assuntos, e acho que esse foi o caso.


Esse negócio de violência já esta virando lugar comum, não que devêssemos nos acostumar com isso, muito pelo contrário, devemos sim fazer uma campanha da não violência e ao tempo perdido, pois me parece que ao assistirmos certos filmes, escutar certas músicas ou até mesmo ler certos textos, e esse texto pode ser um exemplo disto,  devemos sim pensar em coisas que nos agregue e não o contrário, pois o que deve prevalecer é a justiça e o bem comum. Violência, mau caratismo e vilão saindo impune das suas inconseqüências já temos demais no nosso dia a dia.


 Então façamos o seguinte:


Chega de tempo perdido e borá lá em busca de algo que realmente nos acrescente, chega de violência, chega de mau caratismo e acima de tudo chega de impunidade para aqueles que pregam o mal e a intolerância.


Chega de “Tempo Perdido”.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Rio Branco...




Das duas uma, Ou é inferno astral ou eu estou me afeminando, pois de uns tempos prá cá estou com a sensibilidade à flor da pele.

Dias desses voltando de um delicioso e exuberante almoço, passando pela Avenida Rio Branco, se bem que de glamuroso hoje esse lugar não tem nada, muito menos o restaurante em que almoçamos, pois o mesmo fica na Rua Aurora esquina com a Guaianases. Imagine o cenário, lojas de peças e assessórios para motocicletas de procedência duvidosa e aquela limpeza toda da boca do lixo paulistana. Enfim, mais exótico e estranho que isso impossível.


Voltávamos para o trabalho eu a esposa e um amigo e  quando passamos pela a Avenida Rio Branco, fui submetido por um grande saudosismo, lembrei-me de quando rapazinho ia até a referida avenida para tratar da minha deficiência visual, nesse lugar tinha uma clínica que vendia lentes corretivas, pois meu problema não foi solucionado depois de anos de tentativas no Hospital Das Clínicas  Fazer o que? O que me restou foi essa lente mesmo, pelo menos corrigiu esteticamente minha deficiência.

Compartilhei esse saudosismo com os companheiros de almoço, falei da minha mãe que se deslocava quilômetros para me tratar e da possível fortuna que ela gastara para o meu conforto estético, já que a visão não tinha jeito mesmo. Esse tipo de coisa, fiquei com um nó na garganta ao relatar essa minha história.

Ouviram atenciosos minhas lembranças e ai vem a generosidade do amigo.

- Que legal, isso foi muito bom pra você, cresceu sem traumas e se tornou uma pessoa legal.

Respondi de pronto para acabar com aquela melancolia pós almoço.

- Legal nada, na minha adolescência não comia ninguém por conta desse meu pequeno probleminha, só fui resolver minha virgindade depois que conheci minha linda e adorada esposa depois dos meus 28 anos.

O carro ficou em silêncio e continuamos nosso caminho. Sorrimos, ficamos quietos ouvindo a música que tocava no carro e voltamos ao trabalho, só que agora com a barriga bem cheia  e a cabeça voltada a lembranças e saudades daquele tempo de criança.

Só sei que foi assim...

A vida como ela é IV




E um casal de amigo meu ao acordar na manhã de Sexta- Feira Santa.

O Cara.

- Bom dia minha linda, sabe que hoje é o seu dia?

Ela.

-Ah é, Por quê?

O cara.

-Oras, hoje é sexta-feira santa. Entendeu? Santa....

Ela.

-Ah sim, e amanhã é o seu né amor...

O cara.

-Nossa, que legal. Por que querida?

Ela.

-Amanhã é dia de maiar o Judas, portanto não saia de casa sem se barbear e trocar de roupa.

Encerraram a conversa matinal e o cara levantou-se para ir comprar o pão.


Só sei que foi assim.

domingo, 24 de março de 2013

A vida como ela é III




Um casal de amigo meu mais o filho resolveram ir lanchar em um fast food no final da tarde.


Foram em um bem perto de casa mesmo, não queriam andar muito para o lanchinho.


Chegando a lanchonete, fizeram o pedido e aguardaram na fila ao lado.


Pegaram o lanche e se acomodaram na primeira mesa que vira disponível.

Detalhe: Sobre a mesa tinha um arco de bexiga com a logomarca do fast food.


Sentaram para lanchar e ai começa a conversa.

O cara.

- Se o Dedé sentasse embaixo dessas bexigas não ficaria nenhuma intacta.

O Cara deu uma risada daquelas que achava ter arrasado a piada e olhou para a mulher.

A Mulher respondeu de pronto.

- Ta querendo fazer um teste também né Marcião.

O cara.

- Come logo esse lanche e vamos embora.


Só sei que foi assim.

sábado, 16 de março de 2013

CARTAS AOS MEUS AMIGOS



Todo mundo tem amigos dignos de belas e engraçadas histórias, só que eu sou privilegiado com isso, pelo menos é o que eu acho, e espero que esses pensem o mesmo a meu respeito, afinal é muito bom ser querido. E por falar em ser querido, tenho um amigo, o Zé, que eu conheço pelo menos uns 25 anos dos meus quase 39, e pelo que me consta só temos episódios felizes e engraçados na nossa trajetória.

São tantos esses momentos que se eu fosse enumerar teria de usar inúmeras páginas para contar as presepadas, histórias hilárias e sempre de bem com a vida. Enfim, boa amizade, com aquelas pitadas de humor e carinho. “Ta ficando meio gay essa História”. Vamos ao que interessa.

Hoje como não poderia ser diferente, o encontrei ocasionalmente, estava passeando no parque com o filho e quando já estava indo embora encontrei minha irmã e ela dissera que estava ali para encontrar esse amigo em comum, fui convencido por ela para dar mais um tempinho e pelo menos cumprimentá-lo antes de ir embora, acatei a sugestão e fomos ao seu encontro, só para dar um jóia e coisa e tal, e pra variar não foi só nisso que ficamos, acabei ficando mais um pouco no parque e dar mais umas voltas, só que agora eu, o filho, a irmã, o Zé e mais um amigo e a turma só crescendo. Enfim, aqueles passeios de sábado no bairro que você encontra todo mundo, aqueles que quer encontrar e aqueles que não quer encontrar, só que esses eu queria.

Tudo bem, nessa história até agora nada de extraordinário, apenas um encontro ocasional de amigos em um parque, passeamos, olhamos as paisagens, falamos da vida alheia e resolvemos assar uma carninha de porco para finalizar a caminhada, afinal tínhamos de recuperar as calorias perdidas no passeio. Isso que é caminhada boa anda três quilômetros e para compensar come três quilos de carne de porco e duas caixas de cerveja. Olha só que dieta!

Até ai tudo bem, fomos embora, compramos os insumos para o churrasco e começamos a bebericar, comer e conversar, nesse meio tempo, deixei a cria com os amigos e fui buscar a esposa no serviço, voltei com a esposa, continuamos bebendo, comendo e falando da vida alheia, falamos sobre educação, falamos de filosofia e por fim o Porra quis nos dar uma aula de como ariar panela de cobre com sal grosso e limão, o filho da mãe usou o último limão que tinha na casa pra isso, ficamos puto com essa história, carne de porco sem limão e se quiséssemos fazer uma caipirinha não íamos conseguir, vê se isso é coisa que se faz com um limão. Só o Zé mesmo, no meio da tarde comendo churrasco e bebendo parar para ariar a panela, fala se isso não é hilário, só o perdoamos porque a bendita da panela ficou brilhando no termino do serviço. Ai ele ficava falando.

- Olha como ela ficou limpinha, olha como ela ficou limpinha.

Ficou parado uns instantes observando sua panela e voltamos ao nosso assunto.

O cara é louco ou não é?

Só sei que foi assim.

sábado, 9 de março de 2013

A vida como ela é II




Pai e filho em casa a noite esperando ansiosos a mãe chegar do trabalho.


O filho aborda o pai.

- Pai, sabe de uma coisa? O Silvio Santos é igual ao Woody Allen.

O Pai.

-Como assim filho? Explica essa coisa!

O Filho.

-O Silvio Santos apresenta o programa e é o dono da TV, o Woody Allen é diretor e aparece nos filmes.

O Pai.

-E não é que isso faz sentido  filho.

Encerraram a conversa e o pai ficou pensando.

O que é que estou educando.

Detalhe:

O garoto tem apenas 7 aninhos.

Só sei que foi assim.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Tudo aquilo que um homem não deve fazer “Esse cara sou eu”


Pensei nesse titulo para uma nova crônica só não lembro exatamente como me surgiu essa idéia. Pra variar deve ter sido em uma conversa que eu tivera com a minha linda esposa, e nessa conversa fomos lembrando os programas absurdos que eu a envolvi e que, se ela tivesse um pingo sequer de juízo, no mínimo já teria me dado um belo pé na bunda. Olha só o que eu já aprontei:


Dentre as inúmeras barcas furadas que eu a submeti, várias dignas de separação súbita. Para se ter uma idéia, em um aniversário dela eu a convidei para sairmos, e claro ela topou de imediato e nisso que ela aceitou o convite eu a informei que tínhamos de passar em um lugar rapidinho só que ela não me perguntou onde era e, para sua surpresa era em um velório de uma tia distante que eu precisava ver. Ficou fula vida, onde já se viu levar uma namorada recém conquistada no seu primeiro aniversário juntos. Só eu mesmo.


Ainda com ela, numa noite de sexta feira quando estávamos com uma amiga em comum, resolvi chamar as duas, a namorada e  a amiga para irmos a um Barzinho. Ficaram super empolgadas, falei que era uma casa de espetáculos de uns amigos meus e mais nada. Se falasse a verdade elas talvez não topassem ir, pois a casa se tratava de um inferninho e de novo ficaram puta comigo e para me justificar aleguei que, se eu fosse sozinho ela iria ficar mais nervosa ainda. Foi o que me ocorreu na hora, e que bom que deu certo.


Essas presepadas sempre estão presentes, invento um monte de mentiras e sempre envolvo minhas amigas, e o pior de tudo é que ninguém me leva a sério, se levasse também não teria nem namorada e muito menos as amigas.


E por falar em amiga, essa mesma que eu levei no inferninho eu já a conhecia há muito tempo, trabalhamos juntos um tempo no Datafolha e nesse período ficávamos muitas horas a fio trampando. Saíamos de madrugada e o taxi contratado nos levava embora, isso acontecia direto e acabamos fazendo amizade com o taxista, esse cara era o maior sacana, ficava de olho em todas as minas que ele levava embora e depois vinha perguntar delas, e logo pra quem. Pra mim é claro, e como bom filho da mãe que sou comecei a inventar que já havia comido todo mundo, só para causar inveja nele, me senti o tal, e não desmenti não. Me ferrei nessa história.


O cara para se dar bem com as referidas meninas acabou dando com a língua nos dentes, falou para duas amigas que eu tinha comentado algumas coisas sobre elas, dando a entender que eu as havia comido. Lasquei-me, e as duas que não valiam nada espalharam que eu tinha o órgão pequeno e que não dava no couro direito. O meu tiro saiu pela culatra e mesmo assim continuo aprontando essas presepadas, um dia eu aprendo. Juro que aprendo. E por fim, para tentar me redimir com a namorada e a amiga que eu supostamente comi, convidei-as para um lançamento de um livro.


 Ai disseram:
                 

Agora sim hein Marcião, isso sim é um programa.


Detalhe:


Era um lançamento de livro de um Ex- Padre. Ficaram puta comigo de novo, alegando que o puteiro estava muito mais divertido. Vai entender essa mulherada, tudo que se faz elas tem um motivo para reclamar. Não sei mais o que fazer. Vou fazer o que?


Moral da História, tudo que eu faço tem tudo para dar errado, não sei como consigo estar casado e ainda manter amizades que eu só faço passar nervoso comigo.


Só sei que é assim.