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sexta-feira, 29 de março de 2013

Rio Branco...




Das duas uma, Ou é inferno astral ou eu estou me afeminando, pois de uns tempos prá cá estou com a sensibilidade à flor da pele.

Dias desses voltando de um delicioso e exuberante almoço, passando pela Avenida Rio Branco, se bem que de glamuroso hoje esse lugar não tem nada, muito menos o restaurante em que almoçamos, pois o mesmo fica na Rua Aurora esquina com a Guaianases. Imagine o cenário, lojas de peças e assessórios para motocicletas de procedência duvidosa e aquela limpeza toda da boca do lixo paulistana. Enfim, mais exótico e estranho que isso impossível.


Voltávamos para o trabalho eu a esposa e um amigo e  quando passamos pela a Avenida Rio Branco, fui submetido por um grande saudosismo, lembrei-me de quando rapazinho ia até a referida avenida para tratar da minha deficiência visual, nesse lugar tinha uma clínica que vendia lentes corretivas, pois meu problema não foi solucionado depois de anos de tentativas no Hospital Das Clínicas  Fazer o que? O que me restou foi essa lente mesmo, pelo menos corrigiu esteticamente minha deficiência.

Compartilhei esse saudosismo com os companheiros de almoço, falei da minha mãe que se deslocava quilômetros para me tratar e da possível fortuna que ela gastara para o meu conforto estético, já que a visão não tinha jeito mesmo. Esse tipo de coisa, fiquei com um nó na garganta ao relatar essa minha história.

Ouviram atenciosos minhas lembranças e ai vem a generosidade do amigo.

- Que legal, isso foi muito bom pra você, cresceu sem traumas e se tornou uma pessoa legal.

Respondi de pronto para acabar com aquela melancolia pós almoço.

- Legal nada, na minha adolescência não comia ninguém por conta desse meu pequeno probleminha, só fui resolver minha virgindade depois que conheci minha linda e adorada esposa depois dos meus 28 anos.

O carro ficou em silêncio e continuamos nosso caminho. Sorrimos, ficamos quietos ouvindo a música que tocava no carro e voltamos ao trabalho, só que agora com a barriga bem cheia  e a cabeça voltada a lembranças e saudades daquele tempo de criança.

Só sei que foi assim...

A vida como ela é IV




E um casal de amigo meu ao acordar na manhã de Sexta- Feira Santa.

O Cara.

- Bom dia minha linda, sabe que hoje é o seu dia?

Ela.

-Ah é, Por quê?

O cara.

-Oras, hoje é sexta-feira santa. Entendeu? Santa....

Ela.

-Ah sim, e amanhã é o seu né amor...

O cara.

-Nossa, que legal. Por que querida?

Ela.

-Amanhã é dia de maiar o Judas, portanto não saia de casa sem se barbear e trocar de roupa.

Encerraram a conversa matinal e o cara levantou-se para ir comprar o pão.


Só sei que foi assim.

domingo, 24 de março de 2013

A vida como ela é III




Um casal de amigo meu mais o filho resolveram ir lanchar em um fast food no final da tarde.


Foram em um bem perto de casa mesmo, não queriam andar muito para o lanchinho.


Chegando a lanchonete, fizeram o pedido e aguardaram na fila ao lado.


Pegaram o lanche e se acomodaram na primeira mesa que vira disponível.

Detalhe: Sobre a mesa tinha um arco de bexiga com a logomarca do fast food.


Sentaram para lanchar e ai começa a conversa.

O cara.

- Se o Dedé sentasse embaixo dessas bexigas não ficaria nenhuma intacta.

O Cara deu uma risada daquelas que achava ter arrasado a piada e olhou para a mulher.

A Mulher respondeu de pronto.

- Ta querendo fazer um teste também né Marcião.

O cara.

- Come logo esse lanche e vamos embora.


Só sei que foi assim.

sábado, 16 de março de 2013

CARTAS AOS MEUS AMIGOS



Todo mundo tem amigos dignos de belas e engraçadas histórias, só que eu sou privilegiado com isso, pelo menos é o que eu acho, e espero que esses pensem o mesmo a meu respeito, afinal é muito bom ser querido. E por falar em ser querido, tenho um amigo, o Zé, que eu conheço pelo menos uns 25 anos dos meus quase 39, e pelo que me consta só temos episódios felizes e engraçados na nossa trajetória.

São tantos esses momentos que se eu fosse enumerar teria de usar inúmeras páginas para contar as presepadas, histórias hilárias e sempre de bem com a vida. Enfim, boa amizade, com aquelas pitadas de humor e carinho. “Ta ficando meio gay essa História”. Vamos ao que interessa.

Hoje como não poderia ser diferente, o encontrei ocasionalmente, estava passeando no parque com o filho e quando já estava indo embora encontrei minha irmã e ela dissera que estava ali para encontrar esse amigo em comum, fui convencido por ela para dar mais um tempinho e pelo menos cumprimentá-lo antes de ir embora, acatei a sugestão e fomos ao seu encontro, só para dar um jóia e coisa e tal, e pra variar não foi só nisso que ficamos, acabei ficando mais um pouco no parque e dar mais umas voltas, só que agora eu, o filho, a irmã, o Zé e mais um amigo e a turma só crescendo. Enfim, aqueles passeios de sábado no bairro que você encontra todo mundo, aqueles que quer encontrar e aqueles que não quer encontrar, só que esses eu queria.

Tudo bem, nessa história até agora nada de extraordinário, apenas um encontro ocasional de amigos em um parque, passeamos, olhamos as paisagens, falamos da vida alheia e resolvemos assar uma carninha de porco para finalizar a caminhada, afinal tínhamos de recuperar as calorias perdidas no passeio. Isso que é caminhada boa anda três quilômetros e para compensar come três quilos de carne de porco e duas caixas de cerveja. Olha só que dieta!

Até ai tudo bem, fomos embora, compramos os insumos para o churrasco e começamos a bebericar, comer e conversar, nesse meio tempo, deixei a cria com os amigos e fui buscar a esposa no serviço, voltei com a esposa, continuamos bebendo, comendo e falando da vida alheia, falamos sobre educação, falamos de filosofia e por fim o Porra quis nos dar uma aula de como ariar panela de cobre com sal grosso e limão, o filho da mãe usou o último limão que tinha na casa pra isso, ficamos puto com essa história, carne de porco sem limão e se quiséssemos fazer uma caipirinha não íamos conseguir, vê se isso é coisa que se faz com um limão. Só o Zé mesmo, no meio da tarde comendo churrasco e bebendo parar para ariar a panela, fala se isso não é hilário, só o perdoamos porque a bendita da panela ficou brilhando no termino do serviço. Ai ele ficava falando.

- Olha como ela ficou limpinha, olha como ela ficou limpinha.

Ficou parado uns instantes observando sua panela e voltamos ao nosso assunto.

O cara é louco ou não é?

Só sei que foi assim.

sábado, 9 de março de 2013

A vida como ela é II




Pai e filho em casa a noite esperando ansiosos a mãe chegar do trabalho.


O filho aborda o pai.

- Pai, sabe de uma coisa? O Silvio Santos é igual ao Woody Allen.

O Pai.

-Como assim filho? Explica essa coisa!

O Filho.

-O Silvio Santos apresenta o programa e é o dono da TV, o Woody Allen é diretor e aparece nos filmes.

O Pai.

-E não é que isso faz sentido  filho.

Encerraram a conversa e o pai ficou pensando.

O que é que estou educando.

Detalhe:

O garoto tem apenas 7 aninhos.

Só sei que foi assim.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Tudo aquilo que um homem não deve fazer “Esse cara sou eu”


Pensei nesse titulo para uma nova crônica só não lembro exatamente como me surgiu essa idéia. Pra variar deve ter sido em uma conversa que eu tivera com a minha linda esposa, e nessa conversa fomos lembrando os programas absurdos que eu a envolvi e que, se ela tivesse um pingo sequer de juízo, no mínimo já teria me dado um belo pé na bunda. Olha só o que eu já aprontei:


Dentre as inúmeras barcas furadas que eu a submeti, várias dignas de separação súbita. Para se ter uma idéia, em um aniversário dela eu a convidei para sairmos, e claro ela topou de imediato e nisso que ela aceitou o convite eu a informei que tínhamos de passar em um lugar rapidinho só que ela não me perguntou onde era e, para sua surpresa era em um velório de uma tia distante que eu precisava ver. Ficou fula vida, onde já se viu levar uma namorada recém conquistada no seu primeiro aniversário juntos. Só eu mesmo.


Ainda com ela, numa noite de sexta feira quando estávamos com uma amiga em comum, resolvi chamar as duas, a namorada e  a amiga para irmos a um Barzinho. Ficaram super empolgadas, falei que era uma casa de espetáculos de uns amigos meus e mais nada. Se falasse a verdade elas talvez não topassem ir, pois a casa se tratava de um inferninho e de novo ficaram puta comigo e para me justificar aleguei que, se eu fosse sozinho ela iria ficar mais nervosa ainda. Foi o que me ocorreu na hora, e que bom que deu certo.


Essas presepadas sempre estão presentes, invento um monte de mentiras e sempre envolvo minhas amigas, e o pior de tudo é que ninguém me leva a sério, se levasse também não teria nem namorada e muito menos as amigas.


E por falar em amiga, essa mesma que eu levei no inferninho eu já a conhecia há muito tempo, trabalhamos juntos um tempo no Datafolha e nesse período ficávamos muitas horas a fio trampando. Saíamos de madrugada e o taxi contratado nos levava embora, isso acontecia direto e acabamos fazendo amizade com o taxista, esse cara era o maior sacana, ficava de olho em todas as minas que ele levava embora e depois vinha perguntar delas, e logo pra quem. Pra mim é claro, e como bom filho da mãe que sou comecei a inventar que já havia comido todo mundo, só para causar inveja nele, me senti o tal, e não desmenti não. Me ferrei nessa história.


O cara para se dar bem com as referidas meninas acabou dando com a língua nos dentes, falou para duas amigas que eu tinha comentado algumas coisas sobre elas, dando a entender que eu as havia comido. Lasquei-me, e as duas que não valiam nada espalharam que eu tinha o órgão pequeno e que não dava no couro direito. O meu tiro saiu pela culatra e mesmo assim continuo aprontando essas presepadas, um dia eu aprendo. Juro que aprendo. E por fim, para tentar me redimir com a namorada e a amiga que eu supostamente comi, convidei-as para um lançamento de um livro.


 Ai disseram:
                 

Agora sim hein Marcião, isso sim é um programa.


Detalhe:


Era um lançamento de livro de um Ex- Padre. Ficaram puta comigo de novo, alegando que o puteiro estava muito mais divertido. Vai entender essa mulherada, tudo que se faz elas tem um motivo para reclamar. Não sei mais o que fazer. Vou fazer o que?


Moral da História, tudo que eu faço tem tudo para dar errado, não sei como consigo estar casado e ainda manter amizades que eu só faço passar nervoso comigo.


Só sei que é assim.