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sexta-feira, 31 de maio de 2013

O palhaço Rolão.



Esse negócio de rede social é uma praga, ainda mais se o sujeito não souber usar, vira e mexe nos deparamos com algumas postagens sem propósito, frases atribuídas a falsos autores e até mesmo ofensas direcionadas aos pseudo-amigos que se tem na rede de relacionamentos.

Tudo bem, nem sempre são coisas só desse nível, tem muita coisa interessante também, dicas de filmes, indicações de livros, fotos de amigos que você não vê há muito tempo, enfim, coisas que gostamos de ver.

Pois bem, numa dessas postagens que um amigo publicara tinha uma foto com alguns dizeres de como a sociedade enxerga o professor. Confesso que a princípio achei banal o post, pois mostrava como nossa mãe nos enxergava, sendo um super herói e finalizava como nos sentimos, sendo um palhaço. Lembro que tinha quatro imagens e finalizava com a foto do Bozo, um palhaço da minha infância.

Vendo isso, lembrei-me imediatamente de um episódio que  passei na sala de aula, foi exatamente como um palhaço que me senti, pois era assim que alguns alunos me tratavam e para não sair por baixo contei uma história para eles. E comecei assim:

- Saibam que não é nenhuma ofensa vocês me tratarem ou me chamarem de palhaço, muito pelo contrário, na verdade é um orgulho, sou formado e certificado como tal  e tenho muito orgulho disso.

Questionaram minha história acreditando ser uma mentira e me pediram que eu concluísse o assunto.

Não perdi a chance, tentei dramatizar para convencê-los da verdade. Aí eu comecei:

Quando eu fazia faculdade, no final do curso mais exatamente no último ano, tínhamos uma disciplina obrigatória, o famoso estágio, nessa atividade eu tinha de acompanhar um professor dando aulas para eu saber como seria minha função futura. Nessa que eu assistia às aulas do meu orientador eu comecei a ver como os professores eram tratados como palhaços, aí fiquei pensando.

Não vou passar por isso de graça não, por coincidência tinha acabado de ver em uma casa de cultura um curso de Clown “Palhaço” e não pensei duas vezes. Na volta do estágio me matriculei imediatamente.

Contei para os alunos essa história, alguns acreditaram e outros não, acharam um absurdo tal abordagem, mas o importante pra mim é cativar a sala. Se quiserem me tratar como Professor está ótimo, afinal foi para isso que estudei e se quiserem me tratar como palhaço tá tudo bem também, sou formado, graduado e batizado como tal.

Viva os professores e viva os palhaços de todo esse mundo.




1 comentário:

  1. Se não fosse triste seria cômico. Mas infelizmente é assim mesmo que nos sentimos muitas vezes, não fazendo critica ao palhaços que também merecem respeito. Mas sabemos que não é do palhaço que transmite alegria que nossos alunos nos comparam....

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