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quarta-feira, 24 de julho de 2013

O dono da bola e o escritor




PRA SUPORTAR SUA PRÓPRIA HISTÓRIA CADA UM LHE ACRESCENTA UM POUCO DE LENDA

Acho que nunca fui bom em nada, desde que me conheço como gente não consigo me lembrar de nada que eu fizesse muito bem. Um esporte infantil, um jogo de bolinha de gude, empinar pipa, rodar pião ou até mesmo no futebol de rua, esse último eu até brinquei um pouco, não porque eu fosse bom e sim pelo fato de eu ser o dono da bola. Esses nunca ficavam fora do jogo por pior que fossem. Essa é a ética esportiva dos donos das bolas. Nunca ficarem fora dos jogos.

Pois bem, cresci sem ter certas pretensões, esse negócio de disputar ou fazer algo melhor que os outros nunca me agradou muito, sempre fui, ou procuro ser daqueles que ficam na sua, nunca acreditei nos sabichões de plantão, pessoas assim são no mínimo dignas de desconfiança. Prefiro aos frágeis, aos feios, aos fora de moda, enfim, aqueles que não se prendem há valores impostos. Prefiro aos espontâneos, esses me parecem mais honestos.

Pensando e acreditando nisso, foram me ocorrendo essas ideias, falar desses dois personagens que me parecem bem próximos, o dono da bola e o escritor.

O primeiro como já dito nunca fica fora do jogo, pois se ficar o jogo não rola, por isso bem ou mal vai sempre estar presente, seja na linha ou como no meu caso no gol, era o que me restava.

Já o escritor, também tem suas vantagens por pior que o cara seja seus heróis, seus romances, suas aventuras sempre serão favoráveis a si mesmo, pois “falar de si também é inventar” e já que a história é dele porque não falar de como ele gostaria que a história realmente fosse.

E é aí que esta a vantagem e a semelhança  dos dois, o dono da bola sempre estará presente no jogo independentemente da sua condição, seja ela favorável ao time ou não. Já o escritor vai sempre contar a  história que lhe convém, seus heróis, seus amores, seus rancores todos eles serão escritos  de acordo com suas necessidades e desejos, afinal assim como a bola pertence ao seu dono a história pertence ao escritor....


“Qualquer semelhança é mera coincidência”.

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