facebook

sábado, 26 de setembro de 2015






Ruas de Fogo

Ruas de fogo é novo livro do camarada Alessandro Buzo, leitura fácil e extremante agradável.

Trata-se de uma série de contos e crônicas, na verdade 16 histórias. A leitura se torna ainda mais prazerosa, uma história mais legal que a outra que traz a tona a realidade da periferia e dos periféricos assim como ela é, sem exageros ou estereótipos.

Se fosse apontar umas das histórias que mais gostei seguramente estaria sendo injusto com outra, e pra não cometer esse desatino digo com certeza que o livro é bom como um todo, altamente recomendável....Vale muito conferir.

Das 12 obras escritas pelo autor eu conheço e tenho algumas, dentre elas estão na minha biblioteca eles:

Guerreira.

Favela toma conta.

Favela toma conta 2.

Ruas de Fogo.

Esses escritos pelo Buzo.

Li também livros organizados ou como participação como o caso do Eu sou favela organizado pela Paula Anacoana e sem falar no livro que tive a honra de Participar que é o POETAS DO SARAU SUBURBANO VOL 3.

Enfim, me acho um cara privilegiado por ler esses livros  e mais alguns que não foram citados, porém todos com a mesma relevância dos demais.

A literatura realmente salva, liberta, abre caminhos e rompe com paradigmas que carregamos ao longo da caminhada.

Eu mesmo sou exemplo disso, aprendi pra porra de uns tempos pra cá.

Mano, parabéns por mais essa obra e sucesso.

Ruas de fogo vale muito ser conferido. Quem ainda não tem vale muito a pena.


Bora conferir galera.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

domingo, 19 de julho de 2015

visão





A sensibilidade e a visão estão aquém dos nossos olhos.


Basta querermos sentir ou ver.



Marcio Costa
17/07/15

quinta-feira, 2 de julho de 2015

E se não sabe brincar, não saia pra rua.



Quando moleque sempre tive bola, isso talvez pelo fato de ser um brinquedo bem barato.

Insistia e insistia em jogar, mas nunca aprendia. Meu time perder era comum nos rachas que fazíamos na rua, e nem por isso eu levava a bola embora.

Saber perder deve fazer parte da nossa vida, da politica e do jogo.

E se não sabe brincar, não saia pra rua.


Num sai não...

domingo, 31 de maio de 2015

A Morte do Leiteiro.


Texto de Carlos Drummond de Andrade.

Lindo, triste e atualíssimo.

A cidade infelizmente tem dessas coisas,  penso que nunca ira mudar.

A Cyro Novaes
Há pouco leite no país,
é preciso entregá-lo cedo.
Há muita sede no país,
é preciso entregá-lo cedo.
Há no país uma legenda,
que ladrão se mata com tiro.
Então o moço que é leiteiro
de madrugada com sua lata
sai correndo e distribuindo
leite bom para gente ruim.
Sua lata, suas garrafas
e seus sapatos de borracha
vão dizendo aos homens no sono
que alguém acordou cedinho
e veio do último subúrbio
trazer o leite mais frio
e mais alvo da melhor vaca
para todos criarem força
na luta brava da cidade.
Na mão a garrafa branca
não tem tempo de dizer
as coisas que lhe atribuo
nem o moço leiteiro ignaro,
morados na Rua Namur,
empregado no entreposto,
com 21 anos de idade,
sabe lá o que seja impulso
de humana compreensão.
E já que tem pressa, o corpo
vai deixando à beira das casas
uma apenas mercadoria.
E como a porta dos fundos
também escondesse gente
que aspira ao pouco de leite
disponível em nosso tempo,
avancemos por esse beco,
peguemos o corredor,
depositemos o litro...
Sem fazer barulho, é claro,
que barulho nada resolve.
Meu leiteiro tão sutil
de passo maneiro e leve,
antes desliza que marcha.
É certo que algum rumor
sempre se faz: passo errado,
vaso de flor no caminho,
cão latindo por princípio,
ou um gato quizilento.
E há sempre um senhor que acorda,
resmunga e torna a dormir.
Mas este acordou em pânico
(ladrões infestam o bairro),
não quis saber de mais nada.
O revólver da gaveta
saltou para sua mão.
Ladrão? se pega com tiro.
Os tiros na madrugada
liquidaram meu leiteiro.
Se era noivo, se era virgem,
se era alegre, se era bom,
não sei,
é tarde para saber.
Mas o homem perdeu o sono
de todo, e foge pra rua.
Meu Deus, matei um inocente.
Bala que mata gatuno
também serve pra furtar
a vida de nosso irmão.
Quem quiser que chame médico,
polícia não bota a mão
neste filho de meu pai.
Está salva a propriedade.
A noite geral prossegue,
a manhã custa a chegar,
mas o leiteiro
estatelado, ao relento,
perdeu a pressa que tinha.
Da garrafa estilhaçada,
no ladrilho já sereno
escorre uma coisa espessa
que é leite, sangue... não sei.
Por entre objetos confusos,
mal redimidos da noite,
duas cores se procuram,
suavemente se tocam,
amorosamente se enlaçam,
formando um terceiro tom
a que chamamos aurora.


A Morte do Leiteiro.

Carlos Drummond de Andrade.

domingo, 10 de maio de 2015

Carta ao amigo e aos amigos



Ninguém é perfeito, nem mesmo os amigos que estimamos e amamos muito. De uns tempos pra cá tenho andado muito com certo amigo, e bem verdade percebi alguns defeitos no cara depois que estabelecemos vínculos, defeitos esses não muito relevantes, mas aos olhos de alguns sim. Tô nem aí, nem dou bola para o que dizem, o importante é a fidelidade que o cara tem comigo, e como tem fidelidade, me conhece como ninguém.

Conhece-me tanto que do nada me faz lembrar de maneira saudosa passagens que tive ao longo dos meus quarenta e um anos, que aliás tem sido muito bom diga-se de passagem, depois que comecei a andar com esse camarada comecei a paquerar, a namorar mais frequentemente uma literatura pra mim diferente, a “Marginal” e também a frequentar saraus, coisa que aliás é o que tenho mais gostado de fazer por esses tempos.

Nesses Saraus, tenho feito várias outras amizades, e sem essa de ciumeira por parte do amigo, normalmente ele me acompanha nessas paradas, e digo mais, por conta dele é que tenho descoberto esse mundo que até pouco eu não conhecia nem tampouco gostava, pra mim era um universo que não me pertencia, sequer imaginava que pudesse passar a gostar. Conheci, gostei e virou cachaça, mas essa da boa, sem ressaca, só alegria.

Pois bem, amigo que é amigo não se deve esquecer do dia do aniversário, por isso escrevo-lhe essas poucas e mal escritas palavras para te dizer a sua importância e o bem que tem me feito desse um ano que convivemos diariamente.

Justa Palavra é o seu nome. Amigo, com defeito ou não, às vezes engraçado, às vezes pode até fazer pensar e às vezes difícil me livrar de ti, mas isso tem problema não, aos que te conheceram e gostaram de ti é o que vale. Aqueles que ainda não tiveram a oportunidade ainda tá em tempo e não sabem o que estão perdendo.

Bom, sou suspeito, pois amigo que é amigo não deixa o outro na mão, por mais defeito que pudemos ter o que vale é a intensão que um tem com o outro.

Pra mim você é o cara.

Parabéns meu novo velho amigo e feliz aniversário.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

domingo, 5 de abril de 2015

Marchas.



Em tempos de inquietações

É preciso marchar...







....

Com a marcha

É possível encontrar um caminho.




Marcio Costa
05/04/15.

sábado, 28 de março de 2015

São Paulo para Paulo



Que Picasso que nada.

Precisamos sair desse lugar comum e achar que devemos ver tudo que a mídia nos oferece. Essa Semana em São Paulo começou uma exposição do pintor modernista Pablo Picasso, exposição que aparentemente será muito badalada por esses dias, e não é por menos, se tratando desse artista é mais que legitimo as pessoas quererem apreciar as obras.

E eu como não sou diferente de nenhum outro pobre mortal que habita essa grande cidade resolvi arriscar uma visita ao local da exposição. Caminhada em vão.

Chegando ao CCBB “Centro Cultural Banco do Brasil”, como era de se esperar, a fila não estava nada atrativa, pois a mesma dobrava a rua XV de novembro, parei para desencargo de consciência e perguntei para a atendente quanto tempo era estimado para conseguir entrar na visitação, a mesma respondeu simpaticamente que umas duas horas. Tendo a resposta agradeci e parti. Acho um absurdo e desrespeitoso todo esse tempo para ver seja lá o que for, mas enfim. É só não ficar, e foi o que eu fiz.

Desisti do passeio, pelo menos parte dele. Como já estava no centro de São Paulo e não queria perder a oportunidade da tarde agradável que estava, aproveitei para ir a outro centro cultural, só que desta vez o da Caixa Econômica Federal, coisa que por sinal se já soubesse nem teria perdido tempo indo no outro. E sabe por quê?

No centro cultural da Caixa que fica bem na Praça da Sé, estava acontecendo ao mesmo tempo três exposições além do museu do banco que fica no sexto andar.

Dessas três exposições que estavam acontecendo simultaneamente teve uma que me chamou mais atenção. A do escritor Paulo Leminski, escritor esse que bem verdade não o conhecia muito bem, a não ser o fato de ele ser poeta e do sul, nada, além disso, mas mesmo assim parei para apreciar, e de verdade foi a melhor escolha para o momento.

Uma exposição bonita e leve, imagens, vídeos, poesias manuscritas por ele, objetos pessoais e uma sala que acredito eu ser a reprodução do local onde ele vivia. Enfim, uma exposição que não deixa nada a desejar se comparado a outros artistas do mundo afora.

Ficamos por aí perambulando atrás desses renomados artistas internacionais, e esquecemo-nos dos caras que foram criados no quintal de nossa casa em favorecimento da cultura alheia, não que eles não sejam importantes, é lógico que são.

É claro que devemos prestigiar Picasso, Monet, Dalí, Miró e tantos outros artistas, o problema de tudo isso é o tempo que perdemos nessas filas intermináveis para conhecermos um pouco deles sendo que há poucos metros temos outras exposições tão bonitas e tão importantes como essas que a mídia nos vende.

Finalizo fazendo a pergunta que não quer calar.

Porque a grama do vizinho é mais verde?

Ou melhor.

Porque nossa arte não é tão visitada e valorizada quanto à desses outros nobres artistas?

Não importa a resposta, pra mim valeu mesmo a bela visita que fiz no Centro Cultural da Caixa.

Bela exposição de Paulo em São Paulo.


Que Picasso que nada, o negócio é Leminski.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Sobre o tempo.





Eu ontem,

eu hoje,

eu amanhã.


Sobre o tempo

A pior coisa é a

sensação de tê-lo

perdido.


Bora aproveitar a vida

e o tempo.

sábado, 7 de março de 2015

JUSTA PALAVRA: Lugar comum

JUSTA PALAVRA: Lugar comum: A omissão do oprimido é o alimento para o opressor, Façamos o seguinte então Falemos, falemos! O errado não é quem fa...

Lugar comum





A omissão do oprimido é o alimento para o opressor,

Façamos o seguinte então


Falemos, falemos!


O errado não é quem fala e sim  quem se recusa a escutar


Então,


Falemos e falemos!!


Quem sabe assim um dia as coisas não mudam?


Falemos, falemos e falemos...



Marcio Costa

07/03/15.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Coisas que eu amo.



Um


Amar é:


Lembrar da cor da lingerie de sua

amada no seu primeiro encontro e 

mesmo depois de vinte anos sentir 

o mesmo tesão que sentiu naquela 

tarde na Santa Cecilia.....


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

sensações.





Cenas,

Lembranças,

Cheiros

E sabores.

Como seria sem graça a vida sem isso.








Márcio costa

20/02/15.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

É o que me basta.



Gostaria muito de saber fazer poesia.

Mas na incapacidade de produzi-la o que me resta mesmo é ler.

Isso já me basta

E como basta.


terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

ESCAMBO.



A palavra escambo pra mim já estava em desuso, pois sempre que eu a mencionava dizia respeito à matéria que estava discutindo com alunos, e como não estou dando aulas de história ela ficou meio de escanteio.

Pra minha sorte ou  azar, de uns tempos pra cá ela voltou à tona não porque eu queira, e sim por motivos mais que justificáveis.

Depois do lançamento do meu livro Justa Palavra passei a frequentar rodas de discussões literárias, saraus e lançamentos de livros de colegas e também não colegas. Isso sempre com a esperança de, num desses encontros eu também vender o meu peixe.

Sempre que vejo um convite para um desses eventos logo penso na possibilidade de mostrar meu modesto trabalho, coloco alguns exemplares na mochila sempre com a esperança de conseguir vender ao menos um, se isso acontecer, pelo menos a condução é garantida, penso eu.

Só penso mesmo. Do mesmo jeito que saio de casa eu volto, sempre com o peso da mochila e do pensamento.

Sou tão bom vendedor como escritor, volto na maior frustração desses encontros, ou melhor, voltava.

Diante dessa minha incapacidade de vender meus livros eu passei a adotar outra medida. Comecei a mostrar timidamente meu livro a outros colegas, que também estão na mesma luta, isso sempre no intuito de aguçar a curiosidade e a compra. Tentativas essas sempre sem sucesso, pois assim como eu esses colegas também devem sair de casa com a mesma intenção, coitados de nós.

Bom, venda que é bom nada. Sabido disso resta agora à última cartada, já que estamos todos com o mesmo objetivo que é vender os livros e poucos se manifestam para comprar sempre rola a proposta, não indecorosa é claro. Aí um fala:

- Vamos fazer um escambo?

Eu topo na hora, independente do que se trata o objeto de troca, aceito livros,CDs, cartilhas o que tiver eu faço na hora a transação, já que as vendas não rolam e não consigo arrecadar nada, pelo menos eu saio dos encontros municiado com novos livros e de quebra uma nova amizade.

E assim se encerram meus encontros literários, saraus e lançamentos de livros que vou. Normalmente com a mesma quantidade de livros que saio de casa, só que invés de voltar com os meus livros eu volto também com as obras desses novos e solidários colegas das letras e da luta.

Isso é o que nos resta, ou melhor, é o que tem restado pra mim e que na verdade tenho gostado muito. E como tenho gostado.

Quem disse que só dinheiro se compra algo? O escambo está de volta, pelo menos para os escritores e artistas desses encontros.

Rola um escambo aí?!.



         ..............CONTINUA..................





domingo, 15 de fevereiro de 2015

Depois do Baile Verde.



Como somos influenciados pela leitura, dia desses véspera de carnaval, peguei um livro que há tempos tenho em casa, esse livro é da coleção "Para gostar de Ler", na verdade já havia começado a leitura só que não tinha levado a diante, na ocasião não levei a sério, sem foco na verdade, daí minha nova tentativa.


Essa tentativa agora bem sucedida, porém dolorosa, se tratava de questões éticas o livro, histórias para reflexão, criticas e muito mal estar.


Li todos os textos e como se tratava de contos não os li pela ordem das páginas ou contos, lia conforme o autor, peguei primeiro os que já conhecia, depois na ordem daqueles que mais gosto e assim foi. Li, pensei, enjoei, tive alguns contratempos por conta disso.


Vários autores, La Fontaine, Machado de Assis, Moacyr Scliar, Voltaire, Guido Fidelis, Lygia Fagundes Telles entre outros.


Essa última me causara um tremendo mal estar, e que mal estar.


O texto que me fizera enjoar e pensar de modo assustador e conservador foi "Antes do baile verde". Li durante um passeio que fiz com a família num carnaval, e por uma infeliz coincidência o referido "Antes do baile verde" tratava-se exatamente dessa festa e de como as pessoas ficam alucinadas e bestializadas com a farra.

Quando estava lendo comecei a sentir um enjôo danado, não acreditava como alguém poderia se importar tanto com uma festa tendo em casa um pai enfermo.


Fui lendo a saga da jovem Tatisa se organizando para o bendito baile, que ainda ia suceder-se. A preocupação da menina em estar vestida apropriadamente e com devida maquiagem, para uma jovem coisa normal, na verdade até razoável para quem vai brincar o carnaval, porém, não pra quem esta com alguém doente em casa. Tudo bem é só uma história.


Fui lendo, passando mal e de verdade louco para compartilhar com alguém minha aflição, até cheguei a passar para uma das minhas irmãs o texto que eu acabara de ler, assim poderia dividir aquela dor momentânea, e assim o fiz.


Se tratando de literatura e a temática abordada não poderia ser diferente, a ideia devia ser realmente causar alguma coisa, e causou, sempre quando escuto o nome da autora ou vejo a cor verde me vem à cabeça a jovem Tatisa e o seu egoísmo para ir ao baile com o seu namorado machão Raimundo, personagem esse que também me fizera ter bastante raiva, aliás, estou para ver alguém que realmente prestasse nesse maldito conto.


Mas é isso, leituras, filmes, músicas tem essa função de despertar sentimentos, no meu caso esse sentimento veio acompanhado com um pouco de raiva, lição de vida e valores, esse último que a meu ver vem se perdendo por conta do nosso egoísmo e individualismo, estamos tão egoístas que ao tirarmos uma foto estamos na maioria das vezes só. Selfies ou no bom português o autorretrato é a onda da vez. Nem isso estamos sendo capazes de fazer com os outros tamanha a individualidade e a autossuficiência do povo.


Detrimento dos outros a nosso favor parece-me estar se tornando lugar comum, que pena, não deveria ser assim. Diversão, compaixão e alegria tudo tem a sua hora, e no caso de Tatisa não foi bem assim, deixou de lado seu pai enfermo beirando a morte em troca de um baile de carnaval.


Resumo da opera, já é o segundo carnaval que tenho calafrios, até li outros contos da Lygia para tirar essa má impressão. Ainda não consegui!


Haja Sonrisal nesse carnaval.


sábado, 31 de janeiro de 2015

DESAFIO



Sempre nas redes sociais aparecem brincadeiras, desafios e disputas que não se sabem de onde surgem. Na maioria das vezes as mulheres protagonizam esses eventos. Campanhas de maquiagem, campanhas sem maquiagem, colocar algum animal na foto, colocar fotos de quando era criança, enfim, sempre tem alguma coisa.


Diante de vários eventos que acontecem na rede e que nunca participo resolvi fazer minha própria campanha e desafio, cansei de ficar alheio a isso.


E como fui inspirado a entrar no jogo?


A campanha que apareceu na época foi às meninas se postarem na rede assim como acordam, sem nenhum tipo de recurso que as ajudem ficar mais belas, fui acompanhando tudo na internet, uma respondendo ao desafio da outra, uma porção de fotos que na verdade, salvo algumas exceções não percebi muita diferença. Pra mim tudo normal, mas pra elas era quase a morte, ou um desafio que chegava ao constrangimento, pura bobagem.


Vendo isso e me divertindo muito com a situação lembrei-me de um filme que assisti.

GLAUBER- O FILME, LABIRINTO DO BRASIL. um filme que relata os bastidores de sua vida com depoimentos dele e amigos acerca de sua carreira, muito divertido e informativo, gostei do começo ao fim, o cara tinha uma vida invejável com amigos impagáveis. Muito bom o filme.


Numa das falas do filme, se não me engano, o escritor João Ubaldo Ribeiro confidenciara que Glauber sempre ao sair de casa nunca estava impecável no asseio pessoal. Sempre faltava algo, nunca tudo ao mesmo tempo. Se estivesse com os dentes escovados não estaria com o cabelo penteado ou a barba feita ou vice versa, quando vi isso achei o máximo, passei a gostar do cara ainda mais, virou meu ídolo daquele momento em diante, e é claro passei a adotar os mesmos costumes do artista.


Perante essa lembrança e a brincadeira das moças na rede, dei-me ao luxo de também desafiar quem quisesse encarar o desafio.

   
E assim o fiz:


Pronto, desafio quem quiser sair de casa à tarde sem fazer a barba, pentear o cabelo e de quebra sem escovar os dentes”.


E não é que teve respostas ao enfrentamento?

Até teve, mas nessa sou imbatível.

Muitos dos meus amigos declinaram da proposta, essa foi muito fácil pra mim.

E pra finalizar quem me ver de cabelo penteado e barba feita já sabe, fale comigo de longe mesmo, será mais seguro, eu garanto.



Valeu Glauber, você é o cara.

domingo, 25 de janeiro de 2015

JUSTA PALAVRA: Tracy

JUSTA PALAVRA: Tracy: Todo mundo tem uma trilha sonora que retrata algum período da vida, um romance, um dia, uma história, enfim, algo que marque uma passage...

Tracy



Todo mundo tem uma trilha sonora que retrata algum período da vida, um romance, um dia, uma história, enfim, algo que marque uma passagem, seja ela qual for, e eu pobre mortal que sou não seria diferente, sou cheio dessas passagens, e quê passagens!

Normalmente escuto músicas mais no carro que em casa, e dia desses escutei uma música que nem gosto tanto, mas a artista essa sim eu gosto, tenho boas e divertidas lembranças quando a escuto, até arrisco cantarolar partes da música, maior barato .


“Sorry
Is all that you can say?
Years gone by and still
Words don't come easily
Like sorry
Like sorry”

É uma tragédia meu acompanhamento, canto, sorrio e ninguém entende minha felicidade, a música é brega pra caramba, pelo menos é o que acho, mas canto mesmo assim, a lembrança vale mais que o gênero musical do que qualquer outra coisa.

E por que a boa lembrança?

Quando ainda era solteiro frequentava uma danceteria na Rua Bela Cintra, uma casa GLS de bastante repercussão na época, boa música, galera divertida e muitos amigos e amigas frequentavam, ótimo lugar para dançar.

Como era solteiro, tava sempre facinho facinho, e numa dessas minhas disponibilidades conheci uma linda moça que se assemelhava esteticamente a cantora Tracy Chapman. A semelhança era tamanha que a galera a chamava pelo nome da cantora e foi assim que eu a conheci, como Tracy. A única coisa que a diferenciava da cantora certa época foi o corte de cabelo que a genérica fez, pois ela cortou bem curtinho e pintou de loiro, de resto era bem parecida mesmo, linda, muito linda.

Outra particularidade da moça é que ela jogava no mesmo time que eu, eu gostava de meninas e ela também, embora muitos dos meus amigos não acreditassem e ainda não acreditam até hoje na minha opção. Tô nem aí, o importante é a diversão e o respeito. Enfim, acabamos nos conhecendo e gostando um do outro, até rolou uma rápido chamego entre nós, romance de balada. Acho que ela não tinha nada melhor e fazia uma caridade me dando uns pegas, e que pega a danada dava. Dahora.

Trombávamos na balada e quando estávamos só ela me pegava, ou melhor, quando ela estava só, eu mesmo nunca pegava ninguém além da Tracy, era e continuo sendo maior timidão, e tendo a chance não perdia tempo.

Aproveitava para o meu deleite e o dela eu acho, e nos atracávamos. Certa ocasião quando ela cortou o cabelo e pintou um amigo nos viu no rala e rola na pista de dança, o cara não falou nada até que fôssemos embora e aí ele perguntou meio rindo da situação.
-Porra Marcião, nem falou nada. Quem era aquele cara que você estava se enroscando?

Falei que era uma mina e não um cara e é lógico que o sujeito não acreditou. Fazer o quê? Pista de dança, meio escuro, todo gato é pardo.

Noutra balada apresentei a Tracy ao amigo que desconfiava do meu affair e resolvi o impasse.

Depois desse nosso último encontro fui trocado por outra. E bem verdade, no lugar da Tracy faria o mesmo, a moça que ela conhecera era bem mais interessante que eu. Foda, fui trocado por uma mina e só não entendia uma coisa.

Porque ela se engraçou comigo se ela arrepiava e pegava todo mundo na balada?

A Tracy apavorou, eu feio pra caramba, já era gordo e cego, e ela me dando mole. Sei lá, vai entender, só sei que depois da genérica passei a ouvir a original com gosto, e até arrisco cantarolar as músicas.

Quem disse que genéricos e os covers não são bons?
São sim, precisam ver a Tracy.


“Sorry
Is all that you can say?
Years gone by and still
Words don't come easily
Like sorry
Like sorry.”


terça-feira, 13 de janeiro de 2015