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sábado, 21 de fevereiro de 2015

Coisas que eu amo.



Um


Amar é:


Lembrar da cor da lingerie de sua

amada no seu primeiro encontro e 

mesmo depois de vinte anos sentir 

o mesmo tesão que sentiu naquela 

tarde na Santa Cecilia.....


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

sensações.





Cenas,

Lembranças,

Cheiros

E sabores.

Como seria sem graça a vida sem isso.








Márcio costa

20/02/15.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

É o que me basta.



Gostaria muito de saber fazer poesia.

Mas na incapacidade de produzi-la o que me resta mesmo é ler.

Isso já me basta

E como basta.


terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

ESCAMBO.



A palavra escambo pra mim já estava em desuso, pois sempre que eu a mencionava dizia respeito à matéria que estava discutindo com alunos, e como não estou dando aulas de história ela ficou meio de escanteio.

Pra minha sorte ou  azar, de uns tempos pra cá ela voltou à tona não porque eu queira, e sim por motivos mais que justificáveis.

Depois do lançamento do meu livro Justa Palavra passei a frequentar rodas de discussões literárias, saraus e lançamentos de livros de colegas e também não colegas. Isso sempre com a esperança de, num desses encontros eu também vender o meu peixe.

Sempre que vejo um convite para um desses eventos logo penso na possibilidade de mostrar meu modesto trabalho, coloco alguns exemplares na mochila sempre com a esperança de conseguir vender ao menos um, se isso acontecer, pelo menos a condução é garantida, penso eu.

Só penso mesmo. Do mesmo jeito que saio de casa eu volto, sempre com o peso da mochila e do pensamento.

Sou tão bom vendedor como escritor, volto na maior frustração desses encontros, ou melhor, voltava.

Diante dessa minha incapacidade de vender meus livros eu passei a adotar outra medida. Comecei a mostrar timidamente meu livro a outros colegas, que também estão na mesma luta, isso sempre no intuito de aguçar a curiosidade e a compra. Tentativas essas sempre sem sucesso, pois assim como eu esses colegas também devem sair de casa com a mesma intenção, coitados de nós.

Bom, venda que é bom nada. Sabido disso resta agora à última cartada, já que estamos todos com o mesmo objetivo que é vender os livros e poucos se manifestam para comprar sempre rola a proposta, não indecorosa é claro. Aí um fala:

- Vamos fazer um escambo?

Eu topo na hora, independente do que se trata o objeto de troca, aceito livros,CDs, cartilhas o que tiver eu faço na hora a transação, já que as vendas não rolam e não consigo arrecadar nada, pelo menos eu saio dos encontros municiado com novos livros e de quebra uma nova amizade.

E assim se encerram meus encontros literários, saraus e lançamentos de livros que vou. Normalmente com a mesma quantidade de livros que saio de casa, só que invés de voltar com os meus livros eu volto também com as obras desses novos e solidários colegas das letras e da luta.

Isso é o que nos resta, ou melhor, é o que tem restado pra mim e que na verdade tenho gostado muito. E como tenho gostado.

Quem disse que só dinheiro se compra algo? O escambo está de volta, pelo menos para os escritores e artistas desses encontros.

Rola um escambo aí?!.



         ..............CONTINUA..................





domingo, 15 de fevereiro de 2015

Depois do Baile Verde.



Como somos influenciados pela leitura, dia desses véspera de carnaval, peguei um livro que há tempos tenho em casa, esse livro é da coleção "Para gostar de Ler", na verdade já havia começado a leitura só que não tinha levado a diante, na ocasião não levei a sério, sem foco na verdade, daí minha nova tentativa.


Essa tentativa agora bem sucedida, porém dolorosa, se tratava de questões éticas o livro, histórias para reflexão, criticas e muito mal estar.


Li todos os textos e como se tratava de contos não os li pela ordem das páginas ou contos, lia conforme o autor, peguei primeiro os que já conhecia, depois na ordem daqueles que mais gosto e assim foi. Li, pensei, enjoei, tive alguns contratempos por conta disso.


Vários autores, La Fontaine, Machado de Assis, Moacyr Scliar, Voltaire, Guido Fidelis, Lygia Fagundes Telles entre outros.


Essa última me causara um tremendo mal estar, e que mal estar.


O texto que me fizera enjoar e pensar de modo assustador e conservador foi "Antes do baile verde". Li durante um passeio que fiz com a família num carnaval, e por uma infeliz coincidência o referido "Antes do baile verde" tratava-se exatamente dessa festa e de como as pessoas ficam alucinadas e bestializadas com a farra.

Quando estava lendo comecei a sentir um enjôo danado, não acreditava como alguém poderia se importar tanto com uma festa tendo em casa um pai enfermo.


Fui lendo a saga da jovem Tatisa se organizando para o bendito baile, que ainda ia suceder-se. A preocupação da menina em estar vestida apropriadamente e com devida maquiagem, para uma jovem coisa normal, na verdade até razoável para quem vai brincar o carnaval, porém, não pra quem esta com alguém doente em casa. Tudo bem é só uma história.


Fui lendo, passando mal e de verdade louco para compartilhar com alguém minha aflição, até cheguei a passar para uma das minhas irmãs o texto que eu acabara de ler, assim poderia dividir aquela dor momentânea, e assim o fiz.


Se tratando de literatura e a temática abordada não poderia ser diferente, a ideia devia ser realmente causar alguma coisa, e causou, sempre quando escuto o nome da autora ou vejo a cor verde me vem à cabeça a jovem Tatisa e o seu egoísmo para ir ao baile com o seu namorado machão Raimundo, personagem esse que também me fizera ter bastante raiva, aliás, estou para ver alguém que realmente prestasse nesse maldito conto.


Mas é isso, leituras, filmes, músicas tem essa função de despertar sentimentos, no meu caso esse sentimento veio acompanhado com um pouco de raiva, lição de vida e valores, esse último que a meu ver vem se perdendo por conta do nosso egoísmo e individualismo, estamos tão egoístas que ao tirarmos uma foto estamos na maioria das vezes só. Selfies ou no bom português o autorretrato é a onda da vez. Nem isso estamos sendo capazes de fazer com os outros tamanha a individualidade e a autossuficiência do povo.


Detrimento dos outros a nosso favor parece-me estar se tornando lugar comum, que pena, não deveria ser assim. Diversão, compaixão e alegria tudo tem a sua hora, e no caso de Tatisa não foi bem assim, deixou de lado seu pai enfermo beirando a morte em troca de um baile de carnaval.


Resumo da opera, já é o segundo carnaval que tenho calafrios, até li outros contos da Lygia para tirar essa má impressão. Ainda não consegui!


Haja Sonrisal nesse carnaval.