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sábado, 28 de março de 2015

São Paulo para Paulo



Que Picasso que nada.

Precisamos sair desse lugar comum e achar que devemos ver tudo que a mídia nos oferece. Essa Semana em São Paulo começou uma exposição do pintor modernista Pablo Picasso, exposição que aparentemente será muito badalada por esses dias, e não é por menos, se tratando desse artista é mais que legitimo as pessoas quererem apreciar as obras.

E eu como não sou diferente de nenhum outro pobre mortal que habita essa grande cidade resolvi arriscar uma visita ao local da exposição. Caminhada em vão.

Chegando ao CCBB “Centro Cultural Banco do Brasil”, como era de se esperar, a fila não estava nada atrativa, pois a mesma dobrava a rua XV de novembro, parei para desencargo de consciência e perguntei para a atendente quanto tempo era estimado para conseguir entrar na visitação, a mesma respondeu simpaticamente que umas duas horas. Tendo a resposta agradeci e parti. Acho um absurdo e desrespeitoso todo esse tempo para ver seja lá o que for, mas enfim. É só não ficar, e foi o que eu fiz.

Desisti do passeio, pelo menos parte dele. Como já estava no centro de São Paulo e não queria perder a oportunidade da tarde agradável que estava, aproveitei para ir a outro centro cultural, só que desta vez o da Caixa Econômica Federal, coisa que por sinal se já soubesse nem teria perdido tempo indo no outro. E sabe por quê?

No centro cultural da Caixa que fica bem na Praça da Sé, estava acontecendo ao mesmo tempo três exposições além do museu do banco que fica no sexto andar.

Dessas três exposições que estavam acontecendo simultaneamente teve uma que me chamou mais atenção. A do escritor Paulo Leminski, escritor esse que bem verdade não o conhecia muito bem, a não ser o fato de ele ser poeta e do sul, nada, além disso, mas mesmo assim parei para apreciar, e de verdade foi a melhor escolha para o momento.

Uma exposição bonita e leve, imagens, vídeos, poesias manuscritas por ele, objetos pessoais e uma sala que acredito eu ser a reprodução do local onde ele vivia. Enfim, uma exposição que não deixa nada a desejar se comparado a outros artistas do mundo afora.

Ficamos por aí perambulando atrás desses renomados artistas internacionais, e esquecemo-nos dos caras que foram criados no quintal de nossa casa em favorecimento da cultura alheia, não que eles não sejam importantes, é lógico que são.

É claro que devemos prestigiar Picasso, Monet, Dalí, Miró e tantos outros artistas, o problema de tudo isso é o tempo que perdemos nessas filas intermináveis para conhecermos um pouco deles sendo que há poucos metros temos outras exposições tão bonitas e tão importantes como essas que a mídia nos vende.

Finalizo fazendo a pergunta que não quer calar.

Porque a grama do vizinho é mais verde?

Ou melhor.

Porque nossa arte não é tão visitada e valorizada quanto à desses outros nobres artistas?

Não importa a resposta, pra mim valeu mesmo a bela visita que fiz no Centro Cultural da Caixa.

Bela exposição de Paulo em São Paulo.


Que Picasso que nada, o negócio é Leminski.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Sobre o tempo.





Eu ontem,

eu hoje,

eu amanhã.


Sobre o tempo

A pior coisa é a

sensação de tê-lo

perdido.


Bora aproveitar a vida

e o tempo.

sábado, 7 de março de 2015

JUSTA PALAVRA: Lugar comum

JUSTA PALAVRA: Lugar comum: A omissão do oprimido é o alimento para o opressor, Façamos o seguinte então Falemos, falemos! O errado não é quem fa...

Lugar comum





A omissão do oprimido é o alimento para o opressor,

Façamos o seguinte então


Falemos, falemos!


O errado não é quem fala e sim  quem se recusa a escutar


Então,


Falemos e falemos!!


Quem sabe assim um dia as coisas não mudam?


Falemos, falemos e falemos...



Marcio Costa

07/03/15.